quarta-feira, 15 de julho de 2009

Crescer

Crescer é tramado. Tornarmo-nos maduros, adultos, crescidos emocional e espiritualmente custa muito.

Olhar para aquilo que vivemos como verdade absoluta desde sempre e depararmo-nos com uma outra infinidade de caminhos que nos afastam dessa verdade como que paralelamente… nem sempre é fácil aceitar, ou diria até, nem sempre é fácil interiorizar.

Apesar de gostar de aventura sou do tipo de pessoa que preciso de segurança no meu dia a dia, não daquela segurança em termos de horários, em termos de planos, mas saber que tenho aquelas pessoas à minha volta e que sempre que precisar, sempre que eles precisarem… estamos lá… uns para os outros… estamos lá.

Nunca acreditei em novas amizades. Não achava possível que alguém que aparece agora na minha vida pudesse de alguma forma tornar-se grande amiga, tornar-se um porto de abrigo e acima de tudo uma pessoa de minha confiança.

Quer porque já tenho idade para saber bem que a confiança dá-se em quantidades mínimas a um número mínimo de pessoas, quer porque sou desconfiada face às intenções, por vezes sorridentes e simpáticas, dos outros para mim.

Foi a vida, foi a minha vida, o caminho que percorri até aqui que me fez ser e estar assim.

Mas um dia… um dia acordei, como de resto faço todos os dias e a minha verdade tinha mudado. A minha verdade não era mais esta.

De repente percebi que aquelas folhinhas que aparecem de vez em quando na ponta do ramo, quando o vento lhes bate, afinal estão lá.

Nem todas o vento leva. E elas vão ficando. E vão proliferando. E eu vou aprendendo a gostar delas, a apreciá-las, a estar e conviver com elas.

E nesse dia dei conta de algo tão evidente mas imperceptível aos meus olhos cegos. Da mesma forma que existem folhas que nunca caem, existem outras que caem de “velhas” (deixam muita saudade e mágoa pela perda), mas também existem as “novas”, as “escondidas.

Por isso, por fazerem parte da minha vida, por terem conseguido de mim aquilo que nem eu conseguia, um muito obrigado. Obrigado por existirem. E por fazerem mudar a minha realidade.

5 comentários:

  1. =')

    eu sou o oposto, acho sempre que há lugar para mais um amigo, por vezes ficam por vezes vão, mas enquanto duram é bom :p

    tenho amigos há um ano e tenho amigos há 20 anos, por aqui as portas nunca estão fechadas =)

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  2. Nunca sabemos o que o futuro nos reserva!

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  3. Crescemos, com tudo o que vivemos. E nunca crescemos sozinhos:)

    De nada, hehe*

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  4. Crescer é mesmo o que preciso...

    Só tomo más decisões, treta!!!!

    É a vida estamos sempre a aprender!!!

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  5. É sem dúvida uma grande verdade. Podem existir alturas em que passam anos e continuamos exactamente com os mesmos amigos. Mas de vez em quando aparecem novas pessoas na nossa vida que fazem a diferença. É por essas que vale a pena abrir os nossos braços e dar-lhes boas vindas. Perceber que afinal não estamos tão sosinhos como pensávamos ou mesmo que o tempo de fazer amizades "seguras" já passou. Há que ter cautela, mas não devemos fechar as portas, pois podemos afastar pessoas que valem a pena;)
    Jinhos e bgada;)

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