terça-feira, 2 de junho de 2009

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Recebi um email esta semana, que não posso deixar de partilhar convosco!

"É preciso saber quando uma etapa chega ao fim…

Se insistirmos em permanecer nela mais do que o tempo necessário, perdemos a alegria e o sentido das outras etapas que precisamos viver.

Encerrando ciclos, fechando portas, terminando capítulos. Não importa o nome que damos, o que importa é deixar no passado os momentos da vida que já acabaram.

Foi despedido? Terminou uma relação? Deixou a casa dos pais? Partiu para viver noutro local? A amizade tão longamente cultivada desapareceu sem explicações?

Podemos passar muito tempo tentando entender o porquê disto ter acontecido.

Podemos dizer para nós mesmos que não damos mais um passo enquanto não entendermos as razões que levaram certas coisas, que eram tão importantes e sólidas em nossas vidas, a serem subitamente transformadas e pó.

Mas tal atitude será um desgaste imenso em todos: nossos pais, nossos companheiros/as, nossos amigos, nossos filhos, nossos irmãos, todos estarão encerrando capítulos, virando a página, seguindo em frente e todos sofrerão ao ver que estamos parados.

Ninguém pode estar ao mesmo tempo no presente e no passado, nem mesmo quando tentamos entender as coisas que acontecem connosco.

O que passou não voltará: não podemos ser eternamente meninos, adolescentes tardios, filhos que se sentem culpados ou rancorosos com os pais, amantes que revivem dia e noite uma ligação com quem já foi embora e não tem a menor intenção de voltar.

As coisas passam e o melhor que fazemos é deixar que elas realmente possam ir embora. Por isso é tão importante (por mais doloroso que seja!) destruir recordações, mudar de casa, dar coisas, vender ou doar os livros que temos.

Tudo neste mundo visível é uma manifestação do mundo invisível, do que está a acontecer nos nossos corações… e ao desfazer-se de certas lembranças, significa também abrir espaço para que outras tomem o seu lugar.

Deixar ir embora! Soltar! Desprender-se!

Ninguém joga nesta vida com cartas marcadas, portanto às vezes ganhamos e outras perdemos.

Não esperes que te devolvam algo, que reconheçam o teu esforço, que descubram a tua forma de ser, que entendam o teu amor. Pára de ligar a televisão emocional e ver sempre o mesmo programa, que mostra como sofreste com determinada perda.

Não há nada mais perigoso que rompimentos amorosos que não têm data marcada para começar, decisões que sempre são adiadas em nome do “momento ideal”.

Antes de começarmos um capítulo novo, é preciso terminarmos o antigo, dizer a nós próprios que o que passou jamais voltará.

Lembra-te que houve uma época em que podias viver sem aquilo, sem aquela pessoa – nada é insubstituível – um hábito não é uma necessidade.

Pode parecer obvio, pode mesmo ser difícil, mas é muito importante!

Encerrar ciclos. Não por causa do orgulho, por incapacidade ou por soberba, mas porque simplesmente aquilo já não se encaixa mais na nossa vida.

Feche a porta, mude o disco, limpe a casa, sacuda a poeira. Deixe de ser quem era e transforme-se em quem é.

Torna-te uma pessoa melhor e assegura-te de que sabes bem quem és tu própria, antes de conheceres alguém e esperares que ela veja quem tu és, e lembra-te:

“ Tudo o que chega, chega sempre por alguma razão” (Fernando Pessoa)"

5 comentários:

  1. concordo com tudo mas as vezes é tao dificil...

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  2. Bem o teu post não podia ser mais certo para mim.. acho que a dificuldade maior é dar o primeiro passo. Temos medo, medo de falhar, medo da rejeição etc..

    Logo acredito que as mudanças são importantes, todas elas, como disseste ajudam-nos a crescer..

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  3. "Ninguém pode estar ao mesmo tempo no presente e no passado, nem mesmo quando tentamos entender as coisas que acontecem connosco".

    Vem mesmo a calhar estas duas palavras...
    Eu estou ao mesmo tempo no presente e no passado.
    Estou a bater cada vez mais no fundo do poço e não sei como sair disto...

    Estimo o que escreves... Faz todo o sentido...

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