segunda-feira, 8 de junho de 2009

Ditado Popular

"Tanta vez a cantarinha vai á fonte que um dia deixa lá a asa"

Pois é! Nunca tinha pensado muito nisto, mas agora fez-se luz, caiu-me a ficha, chamem-lhe como quiserem.
Acho que a minha asa ficou na fonte! Será possível????

Tanto tempo a dizer-te o quão importante és para mim, o quanto te amo, o quanto preciso de ti para viver, o quanto a tua presença é essencial. A explicar-te que fazes parte de mim, que és um pedaço indissociável da minha pessoa, que perder-te é como se deixasse de ter um membro, continuas a teimar...
Teimas em não abrir o teu coração, teimas em construir muros no meu castelo pensando que o embelezas, quando na realidade dificultas o tráfego e alteras a arquitetónica inicial.
Tanto tempo a viver por ti, contigo e para ti, sem nunca pedir nada mais do que afecto...carinho...lembrança... mimos. Talvez não saibas o que um mimo significa.
Talvez não saibas que são pequenos gestos espontâneos, que logo que os recebemos, nos dão a entender que alguém nos conhece por dentro e nos acalenta, deixando que a vida aconteça.
O certo é que também nunca mo disseste, seja por falta de coragem ou por desconhecimento, não sei.
O que sei é que a tua ausência transfigura a expectativa de ser extraordinária para ti, numa resignação de não ser nem a primeira nem a ultima dentro de ti, mas mais uma. Entre todos os teus entretantos, que me tornam banal.
E as feridas que normalmente sarariam, as brechas que supostamente fechariam... não saram mas sangram, não fecham mas abrem ainda mais... E o meu corpo encontra-se coberto de chagas que ardem por dentro.
Magoam. Magoavam... aqui está a questão.
Acho que finalmente - por escolha ou por falta de opções - estou a ir ou a deixar-te ir.
Não sou capaz de prever qual o resultado disto.
A unica coisa que sei de certo é que apesar de não querer, sinto que vai acontecer.

A minha asa ficou mesmo na fonte.

4 comentários:

  1. Por vezes as nossas asas ficam para trás. Mas renovam-se, logo nos crescem outras novas. E mulheres como tu nunca ficam sem uma asa. Venha uma nova, com tudo o que teve de ficar na fonte, e tudo o que está à tua frente:)
    *

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  2. Isabel, por mais que consertemos um objecto partido ele nunca mais será o mesmo. Existem sempre fragmentos que não se conseguem colar e se nos escapam. Sim, tenho mais asas, e vou ter sempre asas novas. Mas aceitar que esta asa ficou na fonte... é complicado. bjs

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  3. Por vezes, a curto prazo, parece que o mundo se vai desmoronar. Mas não deve haver nada pior do que a incerteza de um amor não correspondido e não vale a pena forçar, porque nestas coisas do coração não há meio termo.
    Vais ver que o tempo tudo sara e ainda que não fiques nova em folha, depois da cola endurecer vai ser difícil voltar a partir no mesmo sítio.

    Beijinho.

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  4. Eu até comentava este teu post, mas sabes bem como eu sou com ditados populares!!!

    Mas deixa estar, se realmente a pessoa em causa for importante virá perceber e chegar ao pé de ti com a tua asa entre as mãos, bem guardada e, com todo o cuidado e miminhos erá coloca-la no local devido.

    Entretanto, haa, lembrei-me do único ditado popular que sei.

    Ora, aqui está... gato que hesita morre pelo rabo.
    Ou então... o peixe pela boca morre, ou será que é a boca do peixe morre.. ou melhor ainda... sei lá, será melhor jogarmos novamente ao Pictionary não achas?

    Beijocas e não fiques tão blue assim...

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